CATEGORIA PARATY
EcoParque Anexo IX - Uso Sustentável dos Manguezais
- Detalhes
- Categoria Pai: RESTRITO
Proposta de Projeto de Parque Ecológico
Resumo Executivo
Notas Informativas
Uso Sustentável dos Manguezais
Importância Ambiental dos Manguezais
Os manguezais desempenham um importante papel como exportador de matéria orgânica para os estuários, contribuindo para a produtividade primária na zona costeira. Por essa razão, constituem-se em ecossistemas complexos e dos mais férteis e diversificados do planeta.
A sua biodiversidade faz com que essas áreas se constituam em grandes "berçários" naturais, tanto para as espécies típicas desses ambientes, como para animais, aves, peixes, moluscos e crustáceos, que aqui encontram as condições ideais para reprodução, eclosão, criadouro e abrigo, quer tenham valor ecológico ou econômico.
Quatro papéis principais dos manguezais
-
Os manguezais contribuem para a formação do solo e ajudam a estabilizar as costas
-
Os manguezais funcionam como lâminas para o escoamento das terras altas
-
Os sistemas dos manguezais servem como habitat para muitos organismos marinhos tais como caranguejos, ostras, e outros invertebrados e animais selvagens tais como pássaros e répteis
-
Os manguezais produzem grandes quantidades de detritos que podem contribuir para a produtividade em águas costeiras.
Com relação à pesca, os manguezais produzem mais de 95% do alimento que o homem captura no mar. Por essa razão, a sua manutenção é vital para a subsistência das comunidades pesqueiras que vivem em seu entorno.
Com relação à dinâmica dos solos, a vegetação dos manguezais serve para fixar os solos, impedindo a erosão e, ao mesmo tempo, estabilizando a linha de costa. As raízes do mangue funcionam como filtros na retenção dos sedimentos. Constituem ainda importante banco genético para a recuperação de áreas degradadas, p.ex., como aquelas por metais pesados.
A destruição dos manguezais gera grandes prejuízos, inclusive para economia, direta ou indiretamente, uma vez que são perdidas importantes frações ecológicas desempenhadas por esses ecossistemas.
Entre os problemas mais observados destacam-se o desmatamento e o aterro de manguezais para dar lugar a portos, estradas, agricultura, carcinicultura estuarina, invasões urbanas e industriais, derramamento de petróleo, lançamento de esgotos, lixo, poluentes industriais, agrotóxicos, assim como a pesca predatória. É preciso conhecer e respeitar os ciclos naturais dos manguezais para que o uso sustentado de seus recursos seja possível.
Muitas atividades podem ser desenvolvidas no manguezal sem causar prejuízos ou danos, entre elas:
-
Criação de abelhas para a produção de mel
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Cultivo de ostras e outros organismos aquáticos
-
Cultivo de plantas ornamentais (orquídeas e bromélias)
-
Atividades educacionais e de pesquisa científica
-
Atividades turísticas e recreativas
-
Pesca esportiva, artesanal e de subsistência, desde que se evite a sobrepesca, a pesca de pós-larvas, juvenis e de fêmeas ovadas
-
Utilização da madeira das árvores, desde que se assegure a reflorestação
Ecossistema Terrestre / Ciclo do Carbono
O carbono (C) é o quarto elemento mais abundante no Universo, depois do hidrogênio (H), hélio (He) e oxigênio (O), e é o pilar da vida como a conhecemos.
Existem basicamente duas formas de carbono, uma orgânica, presente nos organismos vivos e mortos, não decompostos, e outra inorgânica, presente nas rochas. Pela respiração, decomposição e combustão, o gás carbônico é lançado no ambiente. Pela fotossíntese é retirado.
No planeta Terra o carbono circula através dos oceanos, da atmosfera, da terra e do seu interior, num grande ciclo biogeoquímico. Este ciclo pode ser dividido em dois tipos: o ciclo "lento" ou geológico, e o ciclo "rápido" ou biológico.
O CO2 armazenado no ecossistema terrestre pode ser fixado tanto no solo quanto nas florestas.
O CO2 armazenado é o balanço entre a absorção da planta, a fixação de carbono no solo e as perdas por respiração e decomposição.
Os ecossistemas terrestres que compreendem a floresta e o solo são considerados atualmente como um grande ‘sumidouro’ de carbono, especialmente os solos. Há evidências de que o solo possa resultar em significativa redução no aumento dos gases do efeito estufa.
Ciclo do carbono garante que esse elemento circule pelo meio ambiente e também pelos seres vivos. Os processos de fotossíntese e respiração são essenciais nesse ciclo.
"Ciclo do carbono é um ciclo biogeoquímico, ou seja, um processo que garante a reciclagem do carbono, possibilitando que esse elemento interaja com o meio e também com os seres vivos. Nesse ciclo verificamos como o carbono movimenta-se pela atmosfera, litosfera, hidrosfera e biosfera."
O ciclo do carbono pode ser dividido em dois ciclos que ocorrem em velocidades distintas: o ciclo geológico do carbono e o ciclo biológico do carbono.
Esses dois ciclos, apesar de serem mais fáceis de compreender separadamente, estão interligados.
- Ciclo geológico do carbono: é responsável por regular a movimentação do carbono pela atmosfera, hidrosfera e litosfera e destaca-se por ser um ciclo demorado. O carbono, como sabemos, é encontrado nos solos, nas rochas, nos ambientes aquáticos, como nos oceanos, e na atmosfera.
- Ciclo biológico do carbono: envolve os seres vivos do planeta e pode ocorrer no meio terrestre e no meio aquático. Organismos fotossintetizantes são responsáveis por retirar o gás carbônico da atmosfera. No processo de fotossíntese, esses organismos utilizam o CO2 e liberam o oxigênio (O2). Na fotossíntese, o carbono é utilizado na fabricação de moléculas orgânicas.
Sequestro de Carbono pelos Manguezais
O Sequestro de Carbono é um processo de remoção de gás carbônico. Tal processo ocorre principalmente em oceanos, florestas e outros locais onde os organismos por meio de fotossíntese, capturam o carbono e lançam oxigênio na atmosfera. É a captura e estocagem segura de gás carbônico CO2, evitando-se assim sua emissão e permanência na atmosfera terrestre.
O desmatamento é um forte "vilão" do sequestro pois diminui o efeito deste quando elimina o número de seres do fotossintetizantes.As enormes quantidades de carbono são armazenadas naturalmente na floresta por árvores e por outras plantas, assim como no solo da floresta. Como parte da fotossíntese, as plantas absorvem o dióxido de carbono da atmosfera, armazenam o carbono como açúcar, amido (carboidrato) e celulose.
O carbono é armazenado e liberado continuamente dependendo da planta e da fase de sua vida naquele tempo. As florestas são “armazéns do dióxido de carbono”, mas o efeito de absorção do CO2 existe somente quando elas crescem no tamanho: é limitado assim naturalmente.
- Visão, Missão, Objetivos, Valores e Aliados
- Contexto Regional / Sítio Patrimônio Mundial Unesco Misto, Natural e Cultural
- Paraty EcoParque / Programa de Educação Ambiental
- Centros de Educação Ambiental
- Comunicação e Educação Ambiental / Ferramentas para Gestão da Conservação
- Categorias de Uso e Manejo de Fauna Silvestre
- Hostel Canto Caiçara (instalações atuais)
- Proposta de Programa do Paraty EcoParque
- Primeira Etapa: Adaptação de Galpão em Espaços de Educação Ambiental
- Ranário - Anuros: Sapos, Rãs e Pererecas / Espécies da Mata Atlântica
- Morcegário
- Jardim dos Colibris / Beija-flores
- Meliponário / Abelhas-nativas-sem-ferrão
- Borboletário
- Armadilha de Luz para Insetos Noturnos
- Formigueiro
- Piquete Animais Silvestres
- Mirante de Observação de Manguezal
Anexos
- Anexo I - Educação Ambiental
- Anexo II - Borboletas e Mariposas/ Insetos de metamorfose completa
- Anexo III - Anuros: Sapos, Rãs e Pererecas
- Anexo IV - Meliponários / Abelhas-nativas-sem-ferrão
- Anexo V Fauna Silvestre - Anta (Tapirus Terrestris)
- Anexo V Fauna SIlvestre - Cateto (Pecari Tajacu)
- Anexo V Fauna Silvestre - Paca (Cuniculus paca)
- Anexo V Fauna Silvestre - Jabuti (Chelonoidis carbonaria)
- Anexo VI - Trilhas de Observação e Interpretação de Manguezal
- Anexo VII - Jardim dos Colibris, La Paz Waterfalls Gardens, Costa Rica (Estudo de Caso)
- Anexo VIII - Infraestrutura para Observação de Aves
- Anexo IX - Uso Sustentável do Manguezais
- Anexo X - Educação Ambiental no Manguezal
- Anexo XI - Conversão de Multas Ambientais em Ações Ambientais
Assuntos Correlatos / Para Saber Mais
- Observação de Aves / Bird Watching
- Torres e Passarelas de Copada / Canopy Towers & Walkways
- Manuais EcoBrasil / Downloads
S.A. PARATY INDUSTRIAL
Roberto M.F. Mourão / ALBATROZ Planejamento
Para uso e permissões favor contatar: roberto@albatroz.eco.br
EcoParque Anexo VIII - Infraestrutura para Observação de Aves
- Detalhes
- Categoria Pai: RESTRITO
Proposta de Projeto de Parque Ecológico
Resumo Executivo
Notas Informativas
Anexo VIII
Infraestruturas para Observação de Aves
Abrigos (Bird Hides) e Cortinas (Bird Blinds)
Campo de Visão
O campo de visão de um abrigo ou cortina de observação de fauna depende de seu formato e dimensão, que variam de acordo com os recursos financeiros disponíveis, do número de visitantes e da diversidade, quantidade e importância da fauna e do local de observação.
Disabled Bird Hide w/ Cedar Shingle Roof @ Foxglove Reserve, Catterick, Yorkshire, UK
Abrigos (Bird Hides)
Um Abrigo (Bird Hide) ou Cortina (Bird Blind) para Observação da Vida Silvestre é um local ou um anteparado, protegido ou não das intempéries, as vezes camuflado, que é usado para observar a vida selvagem, especialmente aves, sem causar estresse na fauna observada.
Embora tenham sua origem como infraestruturas de apoio à caça, atualmente podem ser encontrados em áreas rurais e parques, públicos ou privados, onde se pratica a observação, educação ambiental e/ou pesquisa da fauna (biólogos, ecólogos, ornitólogos).
Bird Hides / Abrigos - Bird Blind / Cortinas
Bird Blind, Westside Lake Trail, San Juan Island Audubon / John Dustrude, 2014.
Notar no segundo e quinto vãos, da esquerda para a direita, local para cadeirantes. Bird Hide, Welney, UK
Vista Interna de um Abrigo/Bird Hide. Notar informações afixadas nas paredes. Cors Dyfi, UK
Cortinas (Bird Blinds)
Cortinas são anteparos, abertos, as vezes cobertos, alguns adaptados para cadeirantes.
Cortina simples com anteparo de gravetos e ramagem.
Anterparo em madeira com aberturas em alturas variadas para adultos, crianças ou cadeirantes.
Cortina sobre deck de madeira com anteparo de tela camuflada, com banco e apoio para equipamentos.
Cortina com acesso por deck de madeira com anteparo de compensado de madeira.
- Visão, Missão, Objetivos, Valores e Aliados
- Contexto Regional / Sítio Patrimônio Mundial Unesco Misto, Natural e Cultural
- Paraty EcoParque / Programa de Educação Ambiental
- Centros de Educação Ambiental
- Comunicação e Educação Ambiental / Ferramentas para Gestão da Conservação
- Categorias de Uso e Manejo de Fauna Silvestre
- Hostel Canto Caiçara (instalações atuais)
- Proposta de Programa do Paraty EcoParque
- Primeira Etapa: Adaptação de Galpão em Espaços de Educação Ambiental
- Ranário - Anuros: Sapos, Rãs e Pererecas / Espécies da Mata Atlântica
- Morcegário
- Jardim dos Colibris / Beija-flores
- Meliponário / Abelhas-nativas-sem-ferrão
- Borboletário
- Armadilha de Luz para Insetos Noturnos
- Formigueiro
- Piquete Animais Silvestres
- Mirante de Observação de Manguezal
Anexos
- Anexo I - Educação Ambiental
- Anexo II - Borboletas e Mariposas/ Insetos de metamorfose completa
- Anexo III - Anuros: Sapos, Rãs e Pererecas
- Anexo IV - Meliponários / Abelhas-nativas-sem-ferrão
- Anexo V Fauna Silvestre - Anta (Tapirus Terrestris)
- Anexo V Fauna SIlvestre - Cateto (Pecari Tajacu)
- Anexo V Fauna Silvestre - Paca (Cuniculus paca)
- Anexo V Fauna Silvestre - Jabuti (Chelonoidis carbonaria)
- Anexo VI - Trilhas de Observação e Interpretação de Manguezal
- Anexo VII - Jardim dos Colibris, La Paz Waterfalls Gardens, Costa Rica (Estudo de Caso)
- Anexo VIII - Infraestrutura para Observação de Aves
- Anexo IX - Uso Sustentável do Manguezais
- Anexo X - Educação Ambiental no Manguezal
- Anexo XI - Conversão de Multas Ambientais em Ações Ambientais
Assuntos Correlatos / Para Saber Mais
- Observação de Aves / Bird Watching
- Torres e Passarelas de Copada / Canopy Towers & Walkways
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Roberto M.F. Mourão / ALBATROZ Planejamento
Para uso e permissões favor contatar: roberto@albatroz.eco.br
EcoParque Anexo VI - Trilhas de Observação e Interpretação de Manguezal
- Detalhes
- Categoria Pai: RESTRITO
Proposta de Projeto de Parque Ecológico
Resumo Executivo
Notas Informativas
Anexo VI
Trilhas de Observação e Interpretação de Manguezal
Manguezais
Manguezal, mangue, mangrove ou mangal é um ecossistema costeiro de transição entre os ambientes terrestre e marinho, zona úmida característica de regiões tropicais e subtropicais.
Associado às margens de baías, enseadas, barras, desembocaduras de rios, lagunas e reentrâncias costeiras, onde haja encontro de águas de rios com a do mar, ou diretamente expostos à linha da costa, está sujeito ao regime das marés, sendo dominado por espécies vegetais típicas, às quais se relacionam outros componentes vegetais e animais.
Ao contrário do que acontece em praias arenosas e dunas, a cobertura vegetal do manguezal instala-se em substratos de vasa de formação recente, de pequena declividade, sob a ação diária das marés de água salgada ou, pelo menos, salobra.
Ocorrência
O ecossistema Manguezal incide em regiões tropicais e subtropicais, no encontro de rios e mares, sobretudo nas costas do Atlântico e Pacífico. Estima-se que, em todo o planeta, existam cerca de 172.000 km² de manguezais.
Do total de mangues no mundo, cerca de 15%, ou cerca de 26.000 km², distribui-se pelo litoral do Brasil, desde o estado do Amapá até Laguna, em Santa Catarina.
Solo
O solo do manguezal caracteriza-se por ser úmido, salgado, lodoso, pobre em oxigênio e muito rico em nutrientes. Por possuir grande quantidade de matéria orgânica em decomposição, por vezes apresenta odor característico, mais acentuado se houver poluição. Essa matéria orgânica serve de alimento à base de uma extensa cadeia alimentar, como por exemplo, crustáceos e algumas espécies de peixes.
Vegetação
O mangue é uma formação vegetal composta de arbustos e espécies arbóreas que ocorrem em áreas de lagunas e restingas ao longo de todo o litoral. Nessa formação vegetal predominam troncos finos e raízes aéreas e respiratórias (ou raízes-escora), adaptadas à salinidade e a solos pouco oxigenados.
Em virtude do solo salino e da deficiência de oxigênio, nos manguezais predominam os vegetais halófilos, em formações de vegetação litorânea ou em formações lodosas. As suas longas raízes permitem a sustentação das árvores no solo lodoso. Plantas halófitas são as plantas que, sendo essencialmente terrestres, estão adaptadas a viverem no mar ou próximo dele, sendo tolerantes à salinidade.
As principais espécies (lenhosas) de árvores típicas deste ecossistema são:
-
Mangue Vermelho (Rhizophora mangle), próprio de solos lodosos, com raízes aéreas
-
Mangue Branco ou Siriúba (Laguncularia racemosa), encontrado em terrenos mais altos, de solo mais firme, associado a formações arenosas
-
Mangue Preto ou Canoé (Avicennia schaueriana, Avicennia germinans, Avicennia nítida)
-
Mangue-de-Botão (Conocarpus erectus)
-
Abaneiro (Clusia fluminensis)
No mangue preto e no mangue branco, as raízes, chamadas pneumatóforas, ficam com uma parte da raiz fora do solo, de forma que, durante as marés cheias, as extremidades das raízes ficam expostas ao ar, para conseguir o oxigênio que não encontram na água.
No mangue vermelho as lenticelas do caule principal, permitem as trocas gasosas. Esta adaptação é fundamental para evitar assoreamentos e erosões
Existem ainda, grupos de plantas associadas ao manguezal que ocorrem principalmente nas regiões marginais ou de borda interior. Estas espécies não são exclusivas do ecossistema manguezal, porém são tolerantes à diferentes teores de salinidade.
Formam grupos pouco densos, porém, em algumas regiões alteradas, naturalmente ou não, a floresta pode estar dominada por um dos grupos abaixo:
-
Samambaia do Mangue (Acrostichum)
-
Hibiscos (Hibiscus sp.)
-
Gramíneas (Spartina sp.)
Algumas espécies chegam a 20 metros de altura. Uma árvore de mangue leva cerca de cinco anos para crescer e reproduzir. Além destas espécies, existem grupos de plantas que ocorrem, principalmente às margens ou na borda interior dos manguezais.
Outros grupos vegetais, como algas, liquens, orquídeas e bromélias (gravatás), ocorrem como epífitas nas árvores de mangue. Espécies epífitas são aquelas que vivem sobre vegetais.
Podem ser animais que vivem associados à um vegetal ou plantas que vivem sobre outra planta, neste caso, são chamadas de epífitas. Animais e plantas epífitos podem ser parasitas ou não. Os primeiros são aqueles que se aproveitam de elementos nutricionais, prejudicando o desenvolvimento ou até mesmo levando a planta hospedeira à morte. Mas existem aqueles que se utilizam do organismo somente como substrato para fixação, sem alterar o metabolismo, estes não são considerados parasitas.
Exemplos são as bromélias e orquídeas que vivem sobre plantas do estrato arbóreo ou arbustivo. Nenhuma delas causa algum mal à planta hospedeira, a não ser que seja por excesso de peso, o que pode provocar a quebra de um galho, mas os seus nutrientes são obtidos a partir do meio e não da planta que as hospeda.
As samambaias, por exemplo, não são espécies exclusivas de mangue, mas são tolerantes aos diferentes teores de salinidade que ali existem. As bromeliáceas, orquidáceas e os líquens também estão presentes, porém, são epífitas que vivem sobre as árvores de mangue, sem utilizar os nutrientes das árvores hospedeiras.
Fauna
A fauna dos manguezais representa significativa fonte de alimentos para as populações humanas. Os estoques de peixes, moluscos e crustáceos apresentam expressiva biomassa, constituindo excelentes fontes de proteína animal de alto valor nutricional. Os recursos pesqueiros são considerados como indispensáveis à subsistência das populações tradicionais da zona costeira.
A riqueza biológica dos ecossistemas costeiros faz com que essas áreas sejam os grandes "berçários" naturais, tanto para as espécies características desses ambientes, como para peixes e outros animais que migram para as áreas costeiras durante, pelo menos, uma fase do ciclo de sua vida.
A fauna do manguezal é constituída principalmente por peixes, moluscos e crustáceos, porém diversos animais usufruem do ambiente, desde formas microscópicas até répteis e mamíferos. É um local abrigado, de pouco movimento hídrico, se comparado à um costão rochoso, sendo assim, tornou-se um local propício ao desenvolvimento e abrigo de organismos jovens.
Muitos dos animais que habitam os manguezais, não vivem toda a sua vida neste ambiente. Os camarões, por exemplo, ao nascimento da nova geração em alto mar, os indivíduos migram para dentro do manguezal e lá permanecem durante a fase de crescimento, passando de larvas à jovens e, então, voltam ao oceano.
Alguns animais sésseis permanecem a vida toda no manguezal, como é o caso dos sururus, taiobas, mariscos em geral e ostras. Organismos sésseis são aqueles que não possuem capacidade de locomoção, vivem fixos, associados à um substrato. Nos costões rochosos são muito comuns, por exemplo, cracas, corais, ostras e algas.
Estes organismos, como as plantas, também desenvolveram adaptações para suportar as variações diárias ambientais, principalmente a resistência à dessecação (falta de umidade na maré baixa) e aumento da salinidade (na maré cheia). Já os caranguejos, que possuem capacidade de locomoção, enterram-se em galerias que escavam no solo (na maré baixa) e sobem nos troncos e raízes das árvores (na maré cheia).
Peixes como sardinhas, garoupas, tainhas, entre outros, também frequentam o manguezal para reprodução e alimentação. Existe espécies que passam toda a sua vida no estuário e outras que apenas completam seu ciclo reprodutivo ou de crescimento.
As aves mais comuns são as garças, os guarás, o colhereiro, o martim-pescador, entre outras. A partir do que foi dito, percebe-se que os manguezais são um refúgio natural para milhares de espécies, sendo considerado o berçário para organismos que vivem no estuário e no oceano.
Infraestrutura
-
Deck de Recepção e Informações Turísticas (~ 30 m2)
-
Passarela (em eucalipto tratado ou madeira plástica, com rede de proteção)
-
Painéis de Comunicação - Advertência e Informativos
-
Cortina (Blinds) para observação de aves (opcional)
- Visão, Missão, Objetivos, Valores e Aliados
- Contexto Regional / Sítio Patrimônio Mundial Unesco Misto, Natural e Cultural
- Paraty EcoParque / Programa de Educação Ambiental
- Centros de Educação Ambiental
- Comunicação e Educação Ambiental / Ferramentas para Gestão da Conservação
- Categorias de Uso e Manejo de Fauna Silvestre
- Hostel Canto Caiçara (instalações atuais)
- Proposta de Programa do Paraty EcoParque
- Primeira Etapa: Adaptação de Galpão em Espaços de Educação Ambiental
- Ranário - Anuros: Sapos, Rãs e Pererecas / Espécies da Mata Atlântica
- Morcegário
- Jardim dos Colibris / Beija-flores
- Meliponário / Abelhas-nativas-sem-ferrão
- Borboletário
- Armadilha de Luz para Insetos Noturnos
- Formigueiro
- Piquete Animais Silvestres
- Mirante de Observação de Manguezal
Anexos
- Anexo I - Educação Ambiental
- Anexo II - Borboletas e Mariposas/ Insetos de metamorfose completa
- Anexo III - Anuros: Sapos, Rãs e Pererecas
- Anexo IV - Meliponários / Abelhas-nativas-sem-ferrão
- Anexo V Fauna Silvestre - Anta (Tapirus Terrestris)
- Anexo V Fauna SIlvestre - Cateto (Pecari Tajacu)
- Anexo V Fauna Silvestre - Paca (Cuniculus paca)
- Anexo V Fauna Silvestre - Jabuti (Chelonoidis carbonaria)
- Anexo VI - Trilhas de Observação e Interpretação de Manguezal
- Anexo VII - Jardim dos Colibris, La Paz Waterfalls Gardens, Costa Rica (Estudo de Caso)
- Anexo VIII - Infraestrutura para Observação de Aves
- Anexo IX - Uso Sustentável do Manguezais
- Anexo X - Educação Ambiental no Manguezal
- Anexo XI - Conversão de Multas Ambientais em Ações Ambientais
Assuntos Correlatos / Para Saber Mais
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Roberto M.F. Mourão / ALBATROZ Planejamento
Para uso e permissões favor contatar: roberto@albatroz.eco.br
EcoParque Anexo VII - Jardim dos Colibris, La Paz Waterfalls, Costa Rica
- Detalhes
- Categoria Pai: RESTRITO
Proposta de Projeto de Parque Ecológico
Resumo Executivo
Notas Informativas
Anexo VII
Jardim dos Colibris, La Paz Waterfalls Gardens, Costa Rica
La Paz Waterfalls Gardens é um ecoparque, privado, construído ao longo de uma série de cachoeiras e apresenta diversas atrações tais como:
- Trilhas e Mirantes
- Borboletário (Mariposário)
- Jardim dos Colibris
- Restaurante
- Loja de Souvenirs
- Pousada.
Sua missão é preservar e proteger o meio ambiente natural da área, ofertando aos visitantes educação ambiental, entretenimento e diversão de pessoas de todas as idades. Sua estratégia combina um design consciente sobre o meio ambiente com o impacto educacional e sensibilização para os visitantes.
O parque abrange uma área de 28 hectares, incluindo cerca de 16 hectares de floresta. A área de floresta está protegida sob o status de refúgio de vida selvagem privado e estão em processo de reflorestamento dos pastos de uso de proprietários anteriores. É membro ativo Rede de Reservas Particulares da Costa Rica e do programa de pagamento por serviços ambientais.
Foto do Jardim dos Colibris no La Paz Waterfalls Gardens, Costa Rica.
Fotos do Jardim dos Colibris, La Paz Waterfalls Gardens
Fotos de visita técnica à Costa Rica de empresários brasileiros, conduzidos pelo Instituto EcoBrasil (2005).
Programa “Excelência em Turismo: Aprendendo com as Melhores Práticas Internacionais”.
Parceria: EcoBrasil, Embratur, Ministério do Turismo e Sebrae.
- Visão, Missão, Objetivos, Valores e Aliados
- Contexto Regional / Sítio Patrimônio Mundial Unesco Misto, Natural e Cultural
- Paraty EcoParque / Programa de Educação Ambiental
- Centros de Educação Ambiental
- Comunicação e Educação Ambiental / Ferramentas para Gestão da Conservação
- Categorias de Uso e Manejo de Fauna Silvestre
- Hostel Canto Caiçara (instalações atuais)
- Proposta de Programa do Paraty EcoParque
- Primeira Etapa: Adaptação de Galpão em Espaços de Educação Ambiental
- Ranário - Anuros: Sapos, Rãs e Pererecas / Espécies da Mata Atlântica
- Morcegário
- Jardim dos Colibris / Beija-flores
- Meliponário / Abelhas-nativas-sem-ferrão
- Borboletário
- Armadilha de Luz para Insetos Noturnos
- Formigueiro
- Piquete Animais Silvestres
- Mirante de Observação de Manguezal
Anexos
- Anexo I - Educação Ambiental
- Anexo II - Borboletas e Mariposas/ Insetos de metamorfose completa
- Anexo III - Anuros: Sapos, Rãs e Pererecas
- Anexo IV - Meliponários / Abelhas-nativas-sem-ferrão
- Anexo V Fauna Silvestre - Anta (Tapirus Terrestris)
- Anexo V Fauna SIlvestre - Cateto (Pecari Tajacu)
- Anexo V Fauna Silvestre - Paca (Cuniculus paca)
- Anexo V Fauna Silvestre - Jabuti (Chelonoidis carbonaria)
- Anexo VI - Trilhas de Observação e Interpretação de Manguezal
- Anexo VII - Jardim dos Colibris, La Paz Waterfalls Gardens, Costa Rica (Estudo de Caso)
- Anexo VIII - Infraestrutura para Observação de Aves
- Anexo IX - Uso Sustentável do Manguezais
- Anexo X - Educação Ambiental no Manguezal
- Anexo XI - Conversão de Multas Ambientais em Ações Ambientais
Assuntos Correlatos / Para Saber Mais
- Observação de Aves / Bird Watching
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EcoParque Anexo V - Fauna Brasileira Silvestre: Jabuti
- Detalhes
- Categoria Pai: RESTRITO
Proposta de Projeto de Parque Ecológico
Resumo Executivo
Notas Informativas
Jabuti (Chelonoidis carbonaria)
Jabuti ou jaboti (do tupi iawotí) é a designação vulgar, utilizada no Brasil, para duas espécies de répteis providos de carapaça, exclusivamente terrestres, nativos da América do Sul, do gênero Chelonoidis, da ordem dos quelônios, da família dos testudinídeos.
Habitat e distribuição
São encontradas 2 espécies de jabuti no Brasil, com ampla distribuição:
-
Jabuti-piranga (Chelonoidis carbonaria), distribuída em estados do Norte, Nordeste, Centro-oeste, Sudeste e Sul do Brasil. Esta espécie prefere áreas abertas e bordas de matas, mas pode ser encontrada no interior da Mata Amazônica, Mata Atlântica, na Caatinga e no Cerrado.
-
Jabuti-tinga (Chelonoidis denticulata), menos comum, distribuída em estados do Norte, Nordeste e Centro-oeste. Esta espécie prefere florestas tropicais densas, como a Mata Amazônica, porém raramente pode ser encontrada em áreas mais abertas.
Características
São animais que possuem casco convexo — carapaça bem arqueada — e pernas grossas e adaptadas à vida terrestre. A carapaça é uma estrutura óssea formada pelas vértebras do tórax e pelas costelas. Funciona como uma caixa protetora na qual o animal se recolhe quando molestado. É revestido por escudos (placas) córneas.
Os jabutis podem chegar aos 70 cm de comprimento aos 80 anos. Sua expectativa de vida é de 80 anos, porém, havendo registros de animais alcançando 100 anos.
A carapaça do jabuti é preta e possui um padrão em polígonos de centro amarelo e com desenhos em relevo. A cabeça e as patas retráteis são de um tom de preto fosco, com manchas vermelhas, ou amarelas, a depender da espécie. O plastrão é reto ou convexo nas fêmeas e côncavo nos machos, justamente para encaixarem nas fêmeas por ocasião da cópula.
Hábitos e alimentação
Possuem hábitos diurnos e gregários (vivem em bandos) e passam o tempo em busca de alimento, podendo percorrer grandes distâncias. Eles são onívoros, e uma alimentação equilibrada deve ter folhas e legumes; frutas e proteína animal. Em cativeiro os Jabutis podem ter sua dieta complementada por 50% de ração canina de boa qualidade. A ração pode ser umedecida com água para amolecer, o que é importante na alimentação de filhotes. O restante da dieta deve conter frutos variados (uvas, bananas, pera e maçã) e verduras (couve e almeirão).
Também pode ser oferecido, ocasionalmente, carne moída crua e ovos cozidos. Por outro lado, nunca oferecer leite ou derivados, que não são digeridos pelo animal. É importante também um suprimento de cálcio, que pode ser fornecido pela farinha de osso. Os jabutis não possuem dentes. No lugar deles há uma placa óssea que funciona como uma lâmina.
Os jabutis podem virar caso tentem cruzar algum obstáculo e é comum os machos virarem durante a cópula. Nesse caso, sem ter como se desvirar, o animal pode morrer.
Os jabutis precisam de água fresca para viver, e não apenas a água dos alimentos. Por serem exclusivamente terrestres, e sem capacidade de nadar, a morte por afogamento infelizmente é muito comum.
Possuem o hábito da coprofagia, o que faz deles animais com grande probabilidade de contrair patógenos de outros vertebrados, como os de cães, gatos e até humanos.
Legislação brasileira
O jabuti é considerado pela legislação como um animal silvestre, por isso para tê-lo em domicílio, segundo a legislação brasileira, é preciso que seja oriundo de um criadouro e registrado junto ao órgão ambiental.
Até 2011 esse registro era realizado pelo IBAMA. Atualmente os órgãos estaduais de Meio Ambiente é que detêm a competência de registro dos criadouros comerciais de fauna silvestre.
Apesar da proibição, o jabuti é tradicionalmente criado como animal de estimação em diversas partes do país.
Aspectos culturais
Na cultura indígena brasileira, o jabuti é o herói invencível em diversas narrativas.
Criadouro de jabutis. Fazenda Trijunção.
Imagens:
Parte obtidas na internet e algumas gentilmente cedidas pelo consultor Fabio Hosken da Zoo Assessoria.
- Visão, Missão, Objetivos, Valores e Aliados
- Contexto Regional / Sítio Patrimônio Mundial Unesco Misto, Natural e Cultural
- Paraty EcoParque / Programa de Educação Ambiental
- Centros de Educação Ambiental
- Comunicação e Educação Ambiental / Ferramentas para Gestão da Conservação
- Categorias de Uso e Manejo de Fauna Silvestre
- Hostel Canto Caiçara (instalações atuais)
- Proposta de Programa do Paraty EcoParque
- Primeira Etapa: Adaptação de Galpão em Espaços de Educação Ambiental
- Ranário - Anuros: Sapos, Rãs e Pererecas / Espécies da Mata Atlântica
- Morcegário
- Jardim dos Colibris / Beija-flores
- Meliponário / Abelhas-nativas-sem-ferrão
- Borboletário
- Armadilha de Luz para Insetos Noturnos
- Formigueiro
- Piquete Animais Silvestres
- Mirante de Observação de Manguezal
Anexos
- Anexo I - Educação Ambiental
- Anexo II - Borboletas e Mariposas/ Insetos de metamorfose completa
- Anexo III - Anuros: Sapos, Rãs e Pererecas
- Anexo IV - Meliponários / Abelhas-nativas-sem-ferrão
- Anexo V Fauna Silvestre - Anta (Tapirus Terrestris)
- Anexo V Fauna SIlvestre - Cateto (Pecari Tajacu)
- Anexo V Fauna Silvestre - Paca (Cuniculus paca)
- Anexo V Fauna Silvestre - Jabuti (Chelonoidis carbonaria)
- Anexo VI - Trilhas de Observação e Interpretação de Manguezal
- Anexo VII - Jardim dos Colibris, La Paz Waterfalls Gardens, Costa Rica (Estudo de Caso)
- Anexo VIII - Infraestrutura para Observação de Aves
- Anexo IX - Uso Sustentável do Manguezais
- Anexo X - Educação Ambiental no Manguezal
- Anexo XI - Conversão de Multas Ambientais em Ações Ambientais
Assuntos Correlatos / Para Saber Mais
- Observação de Aves / Bird Watching
- Torres e Passarelas de Copada / Canopy Towers & Walkways
- Manuais EcoBrasil / Downloads
S.A. PARATY INDUSTRIAL
Roberto M.F. Mourão / ALBATROZ Planejamento
Para uso e permissões favor contatar: roberto@albatroz.eco.br